"A vida em um breve comentário"

"Pare e pense."

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Um momento em que resolvi fazer a poesia para uma amiga tão querida.

Lady Day


A bela adormecida vespertina
ainda não sei se és mais mulher
ou mais menina
ou outro místério qualquer

Diga- nos linda dama
és lady dy ou lady day?
se pôs a escrever e saiu da cama
mais alguns belos versos a surpreender-nos vai

Preciosa amiga mais que estimada e querida
que a todos assopra consolo e amparo das dores
mas não consegues aliviar sua própria ferida
e muito menos se desligar de seus tão guardados amores

Seus saltos,brincos e os vermelhos de suas unhas,não há de mostrar
o que uma mente brilhante e um coração sábio e grande o bastante
pode entender e nos surpreender com o que tal bela criatura pode aguentar
e quanto seus textos são bálsamos para um coração agonizante.

Perdoai-me Lady Day por versos tão pobres
aceitei-os com a humildade de alguém que só quer lhe agradecer
não só por outros versos,mas por atos tão nobres
e pense também que seu sucesso só espera para aparecer




Sei que não está á altura desta minha grande amiga Dyane,mas tem coisas que fazemos simplesmente porque o coração nos pede por fazer.Um grande beijo para você e que 2009
podemos rir e confabular teorias filosóficas loucas como sempre!

domingo, 21 de dezembro de 2008

Aquelas mesmas promessas

Prometo não prometer nada esse ano.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Pobr'alma

Ignorância assolada no pouco número de auroras
Assola
Assusta
Magoa
Dói
Indifere.


Existem tantas pobres almas assim?
Ai de mim,que pensem que fossem todas elas boas.

domingo, 23 de novembro de 2008

Agressão fantasiosa

Hoje me peguei em mais uma das situações pedantes da minha vida,sim agravada por essa carência repugnante em que me encontro.Nunca fui posta tanto em cheque em minha vida.Fiquei pensando,porque disso tudo,porque tanta dor,tanta desatenção,porque sou tão desvalorizada?Um tanto muito clichê,sim, muito eu diria,mas a questão era será que eu sou tão pouco assim?Não,não sou,já tô manjada para cair nas armadilhas tão fúteis da insegurança,é eu acho que ando me prendendo em gente que é muito pouco para mim,porque como dizia uma grande escritora,as vezes os outros não são tão grandes a ponto de realmente nos entender e nos amar,e se é assim,sim,são poucos,nâo nos merecem.Eu consigo enxergar que estou carente,mas,sabe quando se está em uma fase em que parece estar sendo testada,como se agora fosse a hora de provar que tudo que você diz,você faz realmente?Pois é,andei escorregando.Como fraco ser humano acabo caindo nas armadilhas da carência,e eu agora vejo que isso dói mais,muito mais que a rejeição,é saber que está errando e não ter forças para fazer o certo.O final é sempre o mesmo,dá tudo errado,porque infelizmente no mundo não existem só pessoas que se preocupam com a dor e sentimentos alheios,que tentam se controlar e não prometer demais,que conseguem manter seus atos,suas palavras,é existem pessoas que acabam brincando com o sentimento alheio,e outra coisa pior,muitas vezes não é por querer,mas dói,e não interessa se foi por mal ou não,dói,e isso não é brincadeira.O problema hoje em dia de muitas pessoas terem medo de amar,é porque sempre teve alguém que brincou com os sentimentos dela,não digo só amor romântico,pai,mãe,amigo e muitas outras pessoas.As pessoas ultimamente vivem numa era de aquário desatinada,uma empolgação supérflua e passageira,e ainda tentam se convencerem que toda essa bagunça é normal,não eu não vou fazer coro a massa sem voz,eu não vou concordar com essa flagelação descabida e exacerbada que se vê a cada esquina que se passa hoje em dia.Eu sei o que eu quero,e não vou me deixar levar pelos sentimentos efêmeros,sendo que sei que o que eu quero mais,o que eu quero é maior.O mundo não é de todos,a individualidade é usada e incorreta,não ensina a eles de si próprios.Cansei dessa euforia jovem de querer viver de tudo,querer provar de tudo,querer beijar a todos.Medíocre?É,talvez,mas pelo menos eu não carrego em meus sonhos levianamente a dor alheia da desiluzão alheia.Meu travesseiro é porto de uma cabeça leve de culpas.

Não sejamos hipócritas,queremos afago e amor,não queremos só sexo,queremos o verso e o reverso,as risadas e o choro molhando no ombro doado.Chega de nos enganarmos,chega disso tudo,quantos sofrem e quantos ainda mais sofrerão?Tomar cuidado com as pessoas,é isso que falta,a parte de uma humanidade que só serve de explicação para os erros dela mesma.Falta afeto,e o pior tá faltando amor.








Agredida pela falta de cuidado alheio.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Limpando o guarda-roupa.

Desde o começo desse blog,eu a autora dos textos que aqui redijo,fugi totalmente da idéia central que tinha desde que fiz esse blog.Normal,caí nas armadilhas melodramáticas da poesia,com palavras belas e rebuscadas,abusando dos sentimentos e situações alheios que vivia.Pois é,mas isso acabou.
Não digo que não farei mais poesias,só digo que me focarei mais no que eu sempre gostei mais de escrever,sobre a vida e sem os grandes rodeios que a poesia pede.
Porque eu sempre me fazia uma pergunta antes de escrever,o que eles querem ler?E na verdade,não é que eu não recebia a resposta por alguma falha minha,mas sim porque a pergunta que eu me fazia é que era errada.Não tenho que escrever o que as pessoas querem,e sim o que elas estão preparadas para ler.Sério,não se dá a obra completa de Miguel de Cervantes "Dom Quixote",para uma criança recém alfabetizada.Escrever de uma forma descontraída e mais simples é o melhor jeito de se aproximar do grande público,pois,o ser humano sempre encontra nas obras de arte,não só um modo de reflexionar sobre os inúmeros teoremas da vida,como também uma forma de relaxar,de sentir-se compreendido,de se entreter.
É tão difícil para escritores(inclusive os amadores como eu) serem objetivos e menos subliminares,porque na verdade a escrita também é um tipo de arte e na arte tem sempre algo auto-biográfico do artista.E não falo de obviedades,(ops,mais uma vez os enigmas e seus escritores)Talvez seja até algo que nem sabemos que temos em nós,e se revelar assim de graça dá medo,muito e em qualquer pessoa.
O que eu acabei rodeando como sempre,como uma boa virginiana obcecada em detalhes e explicações desnecessárias,é que em tempos de banalizações não só na escrita,mas na família,na mídia, nos princípios e sobretudo uma gigantesca banalização da vida,está mais do que na hora de pararmos de sermos tão covardes e egoístas e começarmos a sermos sinceros com o que queremos de verdade,pararmos de dar desculpas para os nossos instintos e vontades,deixarmos de sermos hipócritas e realmente assumirmos que tudo o que está acontecendo é resultado do que fomos e fizemos durante todos esses anos.Falei primeira pessoa do plural,porque,isso se aplica muito a mim,mas seria muita hipocrisia minha bancar a Madre Teresa para um problema tão geral.
Posso ser nova e meus poemas serem um saco,mas se for honesto consigo mesmo você vai ver que, além das minhas futilidades femininas e minhas espinhas,existe muita verdade.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Excêntrica dor(desabafo pré-final)

Vou aqui escrevendo,para ver se ao menos,consigo diminuir essa dor que me causas só pelo infeliz fato de meu amor não por ti ser recíproco.Mais uma vez vivo os dias condenada a ver-te ainda em algum dia,em companhia de seu tão citado amor.Me prendo em suas palavras,e não consigo resistir em tanto admirar-te,nem ao menos consigo extinguir essa tola esperança de que algum dia,olhe para meus pobres versos e resolva me dizer um sim aquela pergunta que nem ao menos o fiz.
És tão comunalmente simples e tão ao mesmo tempo enigmático,que mesmo querendo te esquecer em outros,sempre pareço estar procurando em outros,tu.O medo de nunca mais ver-te,se confunde em um medo maior em algum dia tu apareceres á minha frente.Eu te odeio ressentida e calada,te amando cada vez que vejo a grandeza escrita de suas palavras,me odiando por não conseguir tua atenção,me amando por ao menos saber que existes.
O que sei,e que já conclui que não é muito,é que ficarei de pronto aqui,de longe observar-te a conseguir o que tanto queres,a cada vez mais não ser nada para ti.Viverei de respiração ofegante com novidades tuas,esperando aquela notícia que desejo tanto nunca ouvir.E quando ouvir,me debulharei em lágrimas,pois,mesmo encontrando muitos outros,mesmo sem saber muito,eu sei que não existirá ninguém com quem sonharei ouvir o som das tão belas escritas palavras,me dizendo o que tanto quero ouvir.

Até nunca,viverei a sombra de ti,como um guardião sempre de posto,velando-te a cada queda a prestar qualquer tipo de ajuda e nunca esquecer da expressão crua do talento teu no rosto.

...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Aquela que eu amo mais

Quantas vezes mais eu ainda irei brigar com você?Quantas vezes mais você me dará aquele abrigo que nenhuma pessoa no mundo consegue me dar?Quantas vezes mais você vai sofrer por essa sua filha que as vezes faz tudo errado?É mãe,não sei.
Esses tempos andam sendo tão difíceis,que quando mesmo com raiva de você não me entender,eu consigo ver bem,que se não fosse por você,eu nem sei se estaria aqui.Você é toda a maior ambiguidade da minha vida,minha mais doce hipérbole,minha mais amarga anáfora.
Na história da humanidade,muito sempre se falam dessa relação que vezes parece divina e vezes parece ter o poder de te arruinar,mas,mesmo com todas essas contradições,mesmo com todas brigas,as palavras e as feridas,mesmo com tudo isso,você é a pessoa que eu mais amo nesse mundo.E eu nem sei porque.
Somos tão difusas,que creio que Deus nos colocou como mãe e filha porque,se não os fossemos talvez nunca nos amaríamos ou nem ao menos nos conheceríamos.Eu posso nem saber porque você é a pessoa mais importante da minha vida,mas eu sei o porque de te achar a mais incrível das mulheres do mundo,simplesmente porque você nunca nos deixou.Mesmo com sua pose autoritária,você sempre depois me dava o que eu queria,e sendo bem franca,eu também não sou lá uma pessoa tão fácil de se lidar.Acho que nunca escrevi um texto para você,porque você é todo o mistério dessa minha vida,e também que como meu pai,doeu ver que você era humana e não a deusa loura de salto alto que eu tanto queria ser igual( e também quando descobri que você é quase anã!hahaha),doue mais ainda quando eu descobri muito pequena que você ficou tão infeliz.
É aquele velho assunto de que são nos pais que quando pequenos vemos a vida,acho que no fundo sempre quis ser igual,mas diferente de você,porque ver você triste foi o que me marcou mais,acho que ,não tenho certeza que ver você feliz como era quando era pequenina é o que eu sempre quis.Eu sempre fui mais você,me tornei algo muito diferente ,mas no fundo eu sempre vou ter essa teimosia de luatr até o fim que eu herdei de ninguém mais que você.
É pelos beijos,pelos consolos,pelas noites me velando,pelos doces,pelas bonecas que eu ganhava na birra,por você ser tão maravilhosamente a melhor e mais engraçada mãe que eu poderia ter!

A você a pessoa que eu mais amo nesse mundo!

Te amo mamãe!

Tristeza musicalizada

Por que choras criança?
Se ontem era só sorrisos
Por que esse tanto de andança?
Onde foram parar seus grandes sonhos suaves e lisos?

Não chores menina
Há de ter o medo
Mas há também a sina
De sempre saber o segredo

Por onde andas criança?
Ainda estas no jardim?
A menina que não passa de lembrança
Sempre toma conta de mim

O que tanto procuras menina?
O que tanto ansias de encontrar?
Não fazias tanto esforço pequenina
Por que esse infinito pranto no canto do olhar?

Ah,doce criança-menina
Se ao menos pudesse nisso ajudar-te
Dizer que isso passa,logo tomarás aquela água de mina
Brincar de sonhar de ser quem quiseres e na areia do parque das fantasias sujar-te

Ah, doce criança
Queria dizer-te que o mundo é lindo,que o sol tudo anima
Queria que sentisse de volta no hoje,o que só traz-te a lembrança
Mas isso não é possível,pois de fato já não és mais menina


...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Aquilo que nunca acontece

Suas unhas laranjas escrevem mais do que a própria consciente poderia querer.Há tempos figura aquele olhar morto em sua face,um sorriso sem força,estampado,marcado,para todos que por ventura quisessem ver.Sua vida há tempos já não é a mesma,ela sente que seus sonhos e suas vontades estão por aí,ela sente falta daquilo que ela,por alguma razão,nunca pode ter.
O calendário já não é mais complascente com ela, e os ponteiros do relógio parecem já ter lhe dado um ultimato,ela corre,corre sem nem ao menos saber o porque.Suas pernas estão cansadas,e o pouco esforço que faz já não lhe vale de nada,o tic-tac do relógio soa em seus ouvidos cada vez mais agudo,ela não dorme.Ela não acorda.Não anda comprindo seus compromissos como devia,tudo o que hoje ela faz,nota-se em seu rosto que ela está sempre querendo aquele algo mais,que há um tempo dela se perdeu.
Seus olhos quando adolescentes,se marejaram tanto,que hoje adulta,ela não sabe mais como é chorar.Condenada ao comum,pensa ela devo estar,ela se apavora,ela está se tornando no que ela temeu por toda sua vida se tornar.Tic tac,e seus sonhos lhe parecem ainda mais distantes a cada segundo que o ponteiro em alto som vai a passar.
Ela procura diversão,mas ela sabe que desse jeito nunca achará.De repente a vida parece um fardo quase impossível de em suas costas carregar,pega na gaveta aquele revólver,que comprara naquela tarde,conta um,dois,três e...olha para a parede de seu quarto,e vê um velho quadro que ela mesma pintou quando criança.Suas mãos soam e seus dedos tremulam sem força para apertar o gatilho que,acabaria com todo aquele vazio nela.No quadro uma pontezinha,e ela se lembra do dia em que pintara o tal quadro.Tinha oito anos e sua tarefa de casa de artes era reproduzir uma tela de Monet.Ela se lembra,na época se encantara por Monet,e seu quadro mais célebre,o da ponte de sua casa, resolveu pintar.
Passado o flashback de mais de doze anos atrás,ela em choque ainda olha para o quadro e começa a chorar,um choro estranho,não de alívio.Um choro angustiado,o choro daqueles que imploram por um motivo para viver,aquele choro que se você nunca se sentiu depressivo a tal ponto,nunca irá entender.Ela está sozinha,ela chora porque,se lembra de quando viver era algo tão fácil e tão suave como as obras de Monet.Um dia,há muito tempo ela fora feliz.
Pegou os comprimidos no criado mudo e tomou cuidadosamente,fazia quase dois meses que estava tomando os remédios,que não pareciam fazer efeito algum.Na bagunça de sua vida,várias vezes se sentira perdida,mas vazia,daquele jeito,nunca.Isso há de ter solução,há de ter uma,Deus não é possível,pensa ela todo dia ao acordar.
Outro dia vira na rua o que fora o grande amor de sua vida,desviou de seu caminho.Não que ainda o amasse,seu ressentimento era maior que sua falta de amor agora por ele.Sua vida e seus amores mal sucedidos.Literamente falando,pois,nenhum chegou as vias de "suceder" de fato.Ela nunca soube o que era ser amada,não por quem ela queria.Isso magoa demais,não há dor de amor pior que esta,não há mal na vida pior que este.Quantas vezes ela não consolou amigas,que bem ou mal,despedaçadas ou feridas,viveram pelo menos,uma ilusão a dois.Quantas vezes ela não sonhou com coisas fúteis e telefones bobos,quantas vezes ela não quis morrer de amor.
Parou para pensar ainda com o revólver na mão,se não foi isso o que a deixou tão desiludida com a vida em si.Não ela não admitiria nem as paredes algo tão estúpido assim.
Resolveu que o final seria adiado,sem data definida para acontecer.
Ah,e resolveu mudar de psiquiatra.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Auto retrato introvertido(mais ou menos eu)


Sou de virgem
faço moda
faço música
faço arte
sou teimosa
paranóica
inteligente
não sou alta
nem sou tão magra
não sou também muito bonita
Auto didata
aprendi quase tudo sozinha
amarrar sapatos
ler
nadar
andar de patins e bicicleta
venci meus medos calada
gemidos sofridos fechados
na garganta o gosto do sal
faço piada,caras e bocas
dizem que sou engraçada
não consigo ficar de boca fechada
Minha mãe é espanhola
tenho raízes francesas,italianas,portuguesas
ah,e até judia!
Sou caçula só de mãe
sou do meio e única filha do meu pai
Sou irmã de dois
um de pai e mãe e um só de pai
Sou prima de vários,
mas irmã de dois(de novo)
Vivos,só os paternos avós
A minha vó é mineira,paulistana de criação
Meu vô é paulista e paulistano como nenhum
Meu pai é paulistano e meus irmãos ,primos
e eu também,da gema,do centro
mas guarulhense de coração
Sou estranha e normal
posso ser o que quiser,
tímida,extrovertida,crítica e engraçada
simpática e até muito legal e fashion,
só que depende de quem vê
Mas pensando bem eu sou isso tudo
e mesmo sabendo muito,
sei pouco
Porque eu nem ao menos comecei.

sábado, 20 de setembro de 2008

7306 dias

Vinte velas coloridas
Vinte jovens primaveras
Vinte risos
Vinte palmas
Vinte almas em uma só
Vinte translações em volta de um sol
Vinte voltas num mundo de todos
Mas inúmeras vinte em um universo só meu.

Quantas velas são precisas,para se comemorar a beleza,os sorrisos,os pesares e as dores de vinte anos e seus tantos dias?

domingo, 14 de setembro de 2008

Obrigada por fumar

Sentada em um banco azul,daqueles de ponto de ônibus, ela está.Olha pra esquerda furtivamente,parece acordar afinal,seria seu ônibus?Não, alarme falso,mais um dos milhares ônibus que não passam na famosa avenida de seu curso ,ela com expressão de extremo aborrecimento lança uma olhadela ao relógio prateado no pulso direito.Realmente não era seu dia.Demorara horas na noite anterior para adormecer,seu estômago parecia pulsar,pensara até que seu coração se deslocara de lugar,pois,as contrações eram fortes, ácidas e entorpecedoras.Acordou com uma ligeira dor de cabeça, que aumentava vertiginosamente a medida que ela se movimentava em direção ao seu banheiro.Tomou um banho rápido,a água bem quente caía sobre seu rosto,ficou assim por alguns instantes,sentindo o calor envolvente,passava as mão sobre o corpo massageando-o,tentando afastar os vastos e frenéticos pensamentos que serpenteavam e disputavam espaço em sua cabeça.Fechou a torneira,não cantarolou e nem ao menos escreveu frases fúteis no vidro do box de vidro transparente.Não.Ela simplesmente sacou sua toalha e mergulhou seu rosto sobre ela,fungou profundamente o perfume floral nela contido,talvez assim com a tola esperança de que com isso inalaria também,um pouco de ânimo com aquela essência reconfortante.Saiu do banheiro e o ar frio lhe causou calafrios,se trocou rapidamente.Foi pra cozinha e a caneca com o cafè com leite santo de todos os dias estava lá,no mesmo lugar de sempre á direita no balcão da cozinha.Sua mãe lhe serve o pão e junto com ele as habituais perguntas pertinentíssimas matinais.Responde sem vontade,esboça um sorriso fraco para a mãe,e pede que se cessem as peguntas,sua cabeça ainda lateja.Na colher caem vinte e cinco gotas,de sabor lastimável,nem ao comprimido tem direito,comprimidos agridem o estômago sempre diz sua mãe.Uma careta de criança inevitável ao sentir o líquido cortar sua garganta,bebe um gole apenas de água para seu doce refresco,um gole ao menos,graças a Deus!
Ela pega a mochila,três esborrifadas de perfume no pescoço,duas nos pulsos,pega o celular e confere se o cartão do ônibus está no bolso da calça,coloca os fones no ouvido e os óculos,a cabeça continua latejando,quantos segundos,minutos e horas o bendito líquido amargo iria demorar para dar efeito?Desce as escadas,sedentária,só mesmo as escadas para lhe salvar.Sobe a rua,ao som de músicas de batidas conhecidas e envolventes,divertidas ou tocantes.Olha para atrás,sua mãe acena de longe do prédio.Ofegante ao topo da rua vê seu ônibus ao longe no ponto,tenta correr, não alcança,ótimo!Vai se atrasar.Emburrada,porém conformada,ela decide se sentar no último banco azul do ponto.Sente o tão conhecido cheiro da fumaça de tabaco e nicotina,olha para o lado e vê um moço,cara de novo, impunhando seu cigarro de forma quase que teatral.Se não estivesse espirrando repetidamente em função da fumaça e sua rinite matinal,ela riria bem alto diante daquela visão tão bizarra,não,ela riria pra si,não é nem de olhar pra ninguém na rua sozinha.Mas com certeza riria,nem que disfarçasse.O protótipo de James Dean em "Rebelde sem causa",ao menos a divertiu,e como de costume,ela tentou meio que em canto de olhos analisar o moço,sem olhar,ela faz uma linha discreta,mas sua curiosidade late.Com o nariz vermelho,no melhor estilo daquela famosa rena natalina,ela continua a olhar de canto de olhos o garoto dos cigarros e ele continua com sua pose de rock star,ele parecia confiante,como se seu cigarro lhe proporcionasse uma segurança que,sem ele não existia.Entretanto ele podia me fazer o pequeno favor de baforejar essa fumaça seca e tóxica um pouco mais longe de mim,ironicamente pensou.Ah,mas com certeza,e obrigada por fumar.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Now you know

Fiquei tanto tempo querendo escrever abertamente sobre isso,nunca consegui,sempre querendo ir pelo subentendido como você.Eu posso estar sendo bem idiota,mas resolvi arriscar,vou pagar pra ver.Se não for mesmo o que eu penso que seja,essa letra vai valer do mesmo jeito.Eu também sou artista não se esqueça,e vou deixar o que eu mais amo fale por mim,aproveite que eu nem mesmo te conheço,mas gosto de você.



Agora você sabe(Now you know).


Dentro destes olhos, existiam palavras mais do que
Qualquer coisa que eu tenha dito
Como os céus, virando cinza meu coração está
Apenas perto de se abrir

Então a história continua
E tem uma coisa que você deveria saber
Antes que eu vá embora e sopre o final

Eu nunca quero estar sem você
Oh não... aqui vou eu, e agora você sabe
O que eu sinto sobre você
Não tem fim
Eu devia estar errada por ter duvidado de você
Oh não... lá vou eu, sem controle
Mas eu estou caindo então agora você sabe

Me sinto tão leve,desejando não procurar
Todas essas verdades me deixam vazia
Você vai correr? Você pode lidar com isto?
Porque eu preciso que você me diga

Talvez isto seja ousado
Mas estou esperando você ficar para o final feliz
Não eu não vou vou olhar pra trás quando eu te disser o que eu penso sobre você

Então a história continua
Você já sabe
Então não seja um tolo e vá estragar o final


Pronto,agora você sabe.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Would you be Happier?


Só para dar ouvidos á um queridíssimo amigo meu,resolvi por esses dias trocar Augusto dos Anjos por Antero de Quental(como ele me disse.)

Pois então,esses textos positivistas,refletem que minha felicidade ainda que pálida,mas,se faz presente em momentos da minha vida por agora,pode e vai ser cada vez melhor!Sem medos,mágoas e essas coisas tão mundanas,que sempre nós impedem de crescermos e sermos felizes não é mesmo?Então Guga,é pra você!E também é para um outro amigo,que precisa de se libertar de algumas amarras,que ele mesmo cria e nem ao menos percebe,que o desânimo consiste nele mesmo.É pra ele também.
Uma música,pois eu sempre curo qualquer enfermidade minha com música,não consigo viver sem definitivamente,quero dividir essa música de uma banda que eu idolatro,The Corrs,com quem ler esse texto aqui.Eu me sinto exatamente como a música descreve,e sejamos todos bem sinceros,quem já não se sentiu?A questão é,você seria mais feliz se fizesse o quê?Descubra,encontre um caminho e faça!Não adianta dar desculpas,e olha que pra mim isso também é difícil,mas,como diz meu bom e velho pai,não adianta se questionar,onde há dúvida não há fé!



Você Seria Mais Feliz?


Você já se perguntou onde a estória termina e como tudo começou?

Eu já (eu já, eu já, eu já)

Você sonhou que era a estrela do filme, com a pipoca na mão

Eu já (eu já, eu já, eu já)

Você sempre pensa que é outro alguém dentro de si quando ninguém entende que você é (você é)

E quer desaparecer dentro de um sonho mas nunca quer acordar, despertar?


Daí você cambaleia no amanhã e tropeça no hoje


Você seria mais feliz se você fosse uma pessoa centrada?

O sol brilharia mais forte se você tivesse um papel maior?

Você estaria maravilhosa se não fosse pelo clima?

Você vai ficar ótima (você vai ficar ótima)


Você não está com medo de contar sua estória agora?

Quando todo mundo acabar será tarde demais (tarde demais, tarde demais)

Tudo que você disse ou fez não foi do jeito que você planejou?

O erro


Então você prometeu que amanhã será diferente de hoje


Você seria mais feliz se você fosse uma pessoa centrada?

O sol brilharia mais forte se você tivesse um papel maior?

Você estaria maravilhosa se não fosse pelo clima?

Você vai ficar ótima (você vai ficar ótima)


Eu acho que você vai ficar ótima

Você vai ficar ótima

Então, não se preocupe, meu bem


Você está correndo para amanhã, sem terminar o hoje


Nós seríamos mais felizes se fôssemos pessoas centradas?

O sol brilharia mais forte se nós tivéssemos um papel maior?

Nós estaríamos maravilhosas se não fosse pelo clima?

Eu acho que nós vamos ficar ótimas


Eu acho que você vai ficar ótima

Não se preocupe, meu bem

Vai ficar tudo ótimo

Não se preocupe, querida

Vai ficar tudo ótimo

Não se preocupe, meu bem

Tudo vai ficar ótimo!


(The Corrs.Would you be happier?)


É,eu acho mesmo que no fim nós todos ficaremos bem!Tudo sempre fica afinal,se não está,é porque no fim ainda não chegamos,não é mesmo?


Don't worry babe,you will gonna be just fine!

As horas

"Outra vez eu não ouvi tuas palavras
Você sempre tem razão
Como posso me arriscar sem dar ouvidos,
seu instinto me querendo sempre bem.

Eu vejo nas horas o que não se ve
Me perco lá fora pensando em você
Um dia eu aprendo e mudo de rumo

Sei que posso te provar que não há nada
Nessas horas de ilusão
Me perdoa, me aceita no seu mundo
Me devolve tudo que já era bom

Na verdade o que importa
O que trago na canção
É o amor que hoje entrego em suas mãos
Seu sorriso, uma palavra, sua voz no coração
É o amor que hoje entrego em suas mãos

Um dia eu aprendo e mudo de rumo".


(As horas,Marjorie Estiano.)

Um dia uma garota de dezesseis anos escutou essa música,
Um outro ela com dezenove escutou de novo,
e viu que tem coisas que demoramos a aprender...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Amarras imaginárias

Abro a janela
Vejo o dia
Repleto de coisas tão belas
Que ontem eu acordava num egoísmo triste e não via

Sinta só a brisa e o ar
Quão suave a vida vem,quão suave a vida é
Só permita-se a conseguir tudo aquilo que você acha que não pode
Tudo aquilo que se quer

Vamos já respire fundo,não se intimide com o que há de imundo
Não deixe o cansaço e a derrota te alcançar
Mostre que as fraquezas sempre virão,mas sempre se tem aquele poder
Da sua alma o mais profundo

Ontem o dia era triste
Meu coração era só as sombras de um medo desigual
Que lindo dia nasceu hoje,me felicite
Pois hoje foi bom,e a amanhã a felicidade será um sonho real

Ontem eu cantava baixo e rouco
Que estranho,cantava tímido e pouco,uma cantora ofegante
Hoje eu cantei alto,cantei para todos os ventos e até para os loucos
Hoje eu lembrei do que eu achava em mim o mais interessante

Ontem eu estava apavorada
Meus fantasmas borravam meus desenhos
Eu estava de tudo tão cansada
Hoje eu me lembrei dos meus sonhos

Hoje eu me olhei no espelho
E meus olhos não acordaram vermelhos
De tanto chorar

Só hoje,eu me libertei desse meu inimigo
Tão baixo era o meu medo
Que hoje eu vivi e finalmente pude me libertar


"As amarras estão mesmo em um nó,que somente nós mesmos podemos desamarrar.Na verdade, nunca existiu chave ou cadeado,se você olhar bem para trás,vai ver que suas mãos estiveram sempre soltas ,foi você que se esqueceu de que elas estavam lá."


"Liberdade é pouco,o que eu desejo ainda não tem nome"

Clarice Lispector.

domingo, 24 de agosto de 2008

Na esquina,no prédio,na feira ou no mercado,há sempre uma cotinha.


Virgínia vem com duas sacolas de mercado,cabisbaixa, com olhar perdido e expressão pensativa.Passa distraída e dobra a esquina da praça, quando encontra D.Carlota a vizinha de rua,duas casas ao lado da sua.

-Olá Giginha,como vai sua mãe?-interrompe D.Carlota Virgínia em seus devaneios.
-Ah,vai bem D.Carlota-Responde Virgínia,pensando irritada,o porque de D.Carlota ainda chama-la de Giginha,seu apelido de infância,considerando que Virgínia beira os vinte anos.
-E o seu pai,como está na nova casa?Nossa,deve estar sendo muito difícil para sua mãe,ser largada depois de tantos anos de casamento,ela praticamente doou os melhores anos da vida dela ao seu pai a você e o Luizinho.
E é tão difícil pra se arrumar alguém nessa nossa idade,Deus me livre se Rodolfo me larga,acho que vou para um convento!

Sempre tão agradável a D.Carlota,pensa com ironia Virgínia.D.Carlota é quem Virgínia,em um de seus mais pérfidos dias,ou melhor,qualquer pessoa em um dia ruim,menos quer encontrar ao dobrar a esquina da praça.A fofoqueira de plantão,envolta de morais e princípios que ela mesma desafia,ao destilar os mais amargos detalhes da vida alheia do bairro.E ela,justo Virgínia,filha de Gertrudes,a mais nova separada do bairro,irmã mais nova de Luizinho,o "arruaceiro juvenil",justo ela no seu dia de crise,foi topar com a Cotinha do bairro.Ela conformada com o destino de dar de frente com tão desagradável conversa,responde sempre muito educada,com sua voz mais forçadamente paciente.

-Pois é né D.Carlota,essas coisas nunca são fáceis pra ninguém,em idade alguma,a dor maior ou menor é sempre dor.Minha mãe é boa e trabalhadora,logo ela se recuperará.
-É sim querida,sua mãe é mesmo muito boa,foi um pouco relaxada com o casamento com seu pai,afinal homens são homens e nós precisamos relevar certas besteiras que eles fazem.Mas e você querida,está namorando?Nunca te vimos com rapaz algum neste bairro,e algumas de suas amigas já estão quase com o pé no altar.Você completa vinte este ano não?

Como ela fala!Meu Deus,como alguém pode gastar tanto tempo de sua vida observando e sabendo da vida amorosa dos outros?-Pensou Virgínia.
Também,o que mais ela tem a fazer,a não ser cuidar da casa e fofocar,já que seu marido aposentado vive jogando gamão na praça ou bebendo umas a mais no bar?Sem maldades,para não cair na soberba e acabar como uma D.Carlota da vida,é claro.Virgínia ficou com vergonha e com uma raiva contraditória em si.Ela não sabia do que,nem de quem sentia mais raiva e vergonha,de si ou de D.Carlota,a vizinha de duas casas abaixo.Sim,pois,ela sentia uma raiva de ser uma pessoa tão complicada e por nunca ter arranjado alguém,ou mesmo ter tido a sorte também,ou a raiva e vergonha por uma senhora sem filhos pra da vida cuidar e um marido que se revesava entre a praça e o bar.Pensou,e ficou calma mais uma vez,quanto a sua mãe "ter sido relaxada com o casamento",nem discutiria,não valia a pena,e mesmo cutucada a sua maior ferida dos últimos dias,ela achou melhor mesmo não cair no fel da vizinha.

-Sim,faço vinte anos nesse próximo mês.E quanto a eu nunca ter aparecido com rapaz algum no bairro,talvez fosse porque rapaz nenhum
conquistou a posição de ser minha companhia pelos meus passeios bairris,se é que a senhora me entende.Aliás, não é a senhora
mesmo,que diz que essas garotas da minha idade são espevitadas demais ao trocar com tanta frequência de par?Pois então,olha como a tenho em grande valia,eu sigo bem a risca os seus tão sempre úteis conselhos.

Touchet!Essa enrubesceu D.Carlota,que sem graça,mas disfarçando, respondeu:

-É verdade minha filha,não tem que ser mesmo como essas meninas vulgares,que pensam que agradam,mas que já ficaram com a moral mais suja que corrimão de prédio público ao olhos dos homens.Só cuidado,para não acabar como aquela amiga da sua mãe,aquela lá solteirona fumante,que tem jeito de sapatão,aproveite que faz vinte esse próximo mês e já fique de olho pra fisgar um homem decente minha filha,senão só vão te restar os piores!Mas já vou indo,tenho que ir ao mercado pra comprar a mistura do almoço,está muito grande a fila do açouque?
-Não,estava maior quando cheguei,agora está mais sossegado o mercado.E pode deixar,que de ser feliz nessa vida eu vou cuidar.
-Até logo querida,e não fique triste,bonita desse jeito,pelo menos algum moço vai te cortejar.Mande um beijo para Gertrudes.
-Ah,obrigada(ufa!ela já está caminhando em direção á esquina da praça).Até,mandarei.

Virgínia,caminha até o meio da praça,quando atravessa rua em frente ao bar e vê seu Rodolfo bêbado mais uma vez,piscando pra ela ao passar.
Diante a essa visão,sua raiva por D.Carlota,e todas suas ofensas,á sua mãe,irmão,amigas e até a D.Magali a amiga"solteirona" super boa gente da sua mãe,ela resolve perdoar.E mais,aquele peso de ser a única moça solteira do bairro,que nunca namorou,e nunca fora correspondida,também passa,afinal,de que adianta casar com alguém se for para uma D.Carlota se tornar?

A partir daí Virgínia sorri,e segue descendo a rua até sua casa,feliz por
poder compreender as pessoas e perdoar.Um dia o moço de Virgínia há de chegar,e se não chegar?Bom,acho que ninguém acha que Virgínia,a doce e determinada Virgínia,de cabelos compridos castanhos e olhos grandes irá assim terminar,não é mesmo?Mas isso fica pra outra estória...

Fim.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Doce ciranda



Quero me jogar,

sentir-me tonta em uma doce ciranda

quero relembrar,não quero abdicar

quero mais inúmeras doces lembranças


Quero rimas pobres

quero meus amigos,quero voltas

quero os mesmos natais sorridentes

aqueles com muitas palavras,risadas tudo em habituais altas vozes


Quero me apaixonar,quero ser tola

ficar boba,ficar admirando um certo olhar

"Quero uma criança com seu olhar"

Quero gritar e ser brega,quero rir até chorar


Quero brigar por amor,quero ter acessos de raiva

Quero a certeza de que sempre terei esse alguém

Não quero só beijinhos e caricias falsas

Não sou mulher de emoções fogo de palha


Não quero me contentar com um casamento morno

com a casa cheirando a confort e a comida no forno

Eu quero em todos os dias toda a alegria,e nos dias que não der,

eu quero um ombro e um colo quente pra chorar


Eu não quero só um amigo

eu quero aquele embrulho no estômago

Eu quero aquela sensação de perigo

Eu quero um amante-amigo-companheiro-bom -de-papo-bom-de-papo-bom-de-cama.


Quero olhares furtivos no café da manhã

quero risadas quando eu de hábito na quina da mesa esbarrar

"Não ria seu besta,-Você está bem amor?hahahahaha"

Eu quero força quando fizer manha,eu quero carinho quando ver que eu estou saidinha demais.


Eu não quero uma amor perfeito,muito menos aquele que dizem que é direito

Eu quero rir dos seus defeitos,e pras vizinhas e amigos suas qualidades exaltar.


Eu quero sentir a falta,quero chorar de emoção com a volta

eu quero as brigas,e depois fazer as pazes.

E além de tudo quero alguém que me faça finalmente dizer:

"É,você estava certo mesmo meu amor."


Queria palpitações,surpresas,certezas

e todas as pieguices que só o amor pode dar

e sei que por aí há uma criatura com nome e endereço

Pra quem todo esse amor eu vou entregar.


.

sábado, 16 de agosto de 2008

O medo de você.

Sim,eu transformo minhas dores
em palavras

Sim,eu sou também insuportavelmente subjetiva
e minha objetividade é quase que inútil

Sim,eu pensei em tudo desde o princípio,eu faço isso
e penso que engano muita gente

Sim,eu faço isso,mas não pense que sou tão calculista,
eu penso que me engano muitas vezes também

Sim,eu rodeio muitas vezes,uso palavras complexas para sentimentos simples

Sim,eu posso até me bater por dizer isso,mas acho que gosto mesmo de você

E não,você não é só aquilo que eu insisto em fazer você parecer ser
Você é mais,e isso me dá medo,daí eu fantasio e tudo "fica bem"outra vez

Sim,eu me interesso por tudo que seja de você e não,sendo sincera,eu não me sinto bem sentindo todo esse encanto por você.Me desculpe ,mas você é tão subjetivo quanto eu,e eu quase sei o que você não sente por mim.

Não,se eu estiver errada quanto á isso,não sinta raiva de mim,apenas não use de tanta subjetividade,porque joguinhos tem hora e tanto tempo assim,sempre cansam

E por fim,sim,vou definitivamente parar de falar sobre você aqui,você que não me conhece,você que não quer me ver.Nessa vida onde os acasos sempre me dizem não,não espero te encontrar,nem nunca mais ouvir sobre você,logo você...o único á quem poderia dizer novamente,"eu te amo,meu amor".

Um beijo pra você.

domingo, 10 de agosto de 2008

Ode ao meu pai.


O segundo domingo de agosto,representa a segunda pessoa que viemos amar desde o príncipio.A segunda,pois,a primeira é a que nos carrega no ventre por longos nove meses,isso é um fato que não podemos ignorar.Mas o segundo,nesse aspecto é tão igualmente ao primeiro,que venhamos a convir,o nosso pai não nos carregou nove meses,mas esperou ansiosamente e até com uma certa invejinha,sentir-nos pela primeira vez.

O meu pai até os meus cinco anos e meio,era o tipo de pai que todos queriam ter,sabe?Ele que acordava de madrugada pra dar mamadeira pra mim e meu irmão,ele que dividia o ovo cozido nas manhãs de sábado,ele que trazia aquela sacola enorme recheada de chocolates das Lojas americanas todas as quartas feiras.É,eu era bem pequena,mas eu ainda me lembro bem.Depois disso,meus pais se separaram,e meu pai voltou pra São Paulo.Acho que eu nunca poderia explicar com palavras nem com nada nesse existente nesse mundo,toda a falta que ele fez no meu cotidiano.Sem dramas a parte,eu passei a minha infância todos os finais de semana com ele,em Ubatuba,no clube,na casa da minha vó,nos churrascos na casa dos meus padrinhos enfim,ele na minha infância,mesmo longe nos dias de semana,sempre fora muito presente.Daí na minha adolescência,as coisas foram mudando,e com todos os problemas que toda adolescente psico-problemática-rebelde sem causa,eu pela primeira vez na vida,senti o que era ter pais separados.Estranho não?Quando pequena eu era feliz,mas,quando fui crescendo foi aparecendo todas as ausências,todas as festas da escola que ele não foi,todas as decisões que ele não participou,todos os segredos de pai e filha que eu não comparti com ele.Não pensem que sou ingrata,não, eu sei que ele fez,e faz o melhor que pode,e agradeço todos os dias por ele pelo menos estar vivo e bem,mas,todos os momentos de raiva,todos os dias que eu não fui ao shopping ve-lo,toda indiferença e revolta,na verdade era puro e simplesmente a dor que a ausência dele causava na minha vida.Ultimamente,mais crescida,eu tenho entendido mais ele.Tenho aceitado mais como ele é,como que ele reagiu a toda a situação,e pela primeira vez,vi que meu pai era gente,e não o super herói que eu havia pintado toda minha infãncia.Isso o aproximou-o mais a mim,e eu posso dizer hoje que eu o amo muito mais(se é que isso era possível).Ele,senhor Walter Godoi,me ensinou tudo de bom que a vida podia ser,e o que não podia ser bom.Me ensinou que vale a pena ser bom,que mentir não é legal mesmo,(mesmo ele sendo o maior mentiroso que eu já conheci!hahaha)ele me ensinou a ser forte,a acreditar mais em mim.Muito além me ensinou a gostar de cantar,de gostar de música boa,de fazer piadas,de dançar,ele me ensinou desde o ínicio,o quanto a vida é boa,e quantas pessoas incríveis ela põe na sua vida.Acho que no fim ele me ensinou,o que pai nenhum poderia ter me ensinado com maior generosidade e maestria,ele me ensinou a ser filha.


Eu te amo pai,um golpe parafuso e um sorriso de piranha pra você!


E uma de suas músicas,é claro que não vou esquecer!



Me diga(Nando Reis).


Se eu acordo preocupado com as
providências como uma conta no banco
que eu nao tenho dinheiro pra pagar
Isso me aflige, e atrapalha
faz com que eu nao me de conta
de outras coisas
Que eu deveria cuidar
Então me diga
Se você ainda gosta de mim
Porque de você eu gosto
Isso nao deve ser assim
Tão ruim
Dos meus filhos eu sinto saudade
eu tenho medo que eles achem que
eu nao sinto a falta deles
como eu acho que eles sentem de mim

Pego o meu carro pelo asfalto
uso um sapato da mesma maneira
Por influencia do meu pai
Então me diga
Se você ainda gosta de mim
Porque de você eu gosto
Isso nao deve ser assim

Tão ruim
Há quanto tempo eu conheço você
Ou quanto tempo eu ainda vou precisar

E eu dependo do que eu
nao entendo eu pretendo apenas
que voce saiba que isso é meu amor

sábado, 9 de agosto de 2008

Tiempo de cambiar.

É mais que tempo de mudar
Já passou da hora de crescer
É tempo de começar
Sobretudo de tentar entender

É tempo de curar feridas
É tempo de se reecontrar
Mas é tempo de mudar sonhos fracassados
No mesmo corpo uma outra vida recomeçar

São tempos difíceis,são tempos adultos
São tempos jovens,são tempos de liberdade
É tempo de se fazer o que quizer,com mais responsabilidade
É tempo de soltar toda a sua criatividade

Não é tempo de se prender
Não há mais tempo pra sofrer
Acordei e vi um mundo inteirinho a se descobrir lá fora

É tempo de se dormir menos,de ter menos preguiça
de se arregaçar as mangas e ir a luta
É tempo de sair com as amigas de rir ainda mais com elas
É tempo de fazer as pessoas que se amam felizes

Não existe tempo mais pra coisas sem sentido
Não há mais tempo pra quem não te dá ouvidos
É hora mais que tardia de evoluir,de melhorar
Se não for agora que hora então será?

É hora de ser mulher,é hora de se aguentar o que vier
com força,gana e garra e muito amor,
todo amor que houver neste mundo
É hora de ser quem se é

É hora de sair com Daniele,de escutar Dyane
de rir com Daniela,de papear com Gustavo
de cantar com Vinícius,de viajar com Carolina
de se deliciar com Patrícia,de filosofar com Lucas

É hora,mais que na hora de amar Camilla
Já estava quase ficando tarde
mas enfim,hoje choveu,
Mas enfim eu decidi ser feliz


Só se cresce quando se escolhe e realmente decide-se que o melhor é crescer.Crescer dói,mas quando você realmente se abre pro amadurecmento,a gente percebe,que existem coisas das quais não merecem nosso tempo,pessoas que não merecem nosso aborrecimento,e existem pessoas ,que essas sim merecem todo nosso amor e dedicação.
A todos meus amigos dedico esse texto,vocês sabem que é de coração!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Bête chose,rien de neuf!

É,esses dias eu estou mais pra prosas do que poesias.É que eu sempre achei a poesia mais interessante,pois é uma forma de não se revelar por completo tão peculiar,que sempre me satisfaz.É,também acho que minha subjetividade é sem limites e tola até na maior parte do tempo,só que nesses dias,não estou sentindo o medinho covarde de me revelar. (uma que são muito poucos os que lêem o que escrevo nesse bendito blog...).Recebi o vigésimo teste vocacional essa semana,e adivinhem!Eu já esperava artes,mas ciências agrárias,ah,essa eu realmente não esperava!Ao ver que o meu teste deu resultados um tanto controversos,(tirando artes e comunicação,é claro.) eu parei pra pensar,que raio de resposta que eu deu nesse bendito teste,fez a Élidi(a psicóloga da escola),supor que eu teria talentos para ciências agrárias e o mais absurdo,(é ,pode crer que tem mais!) CIÊNCIAS EXATAS!Jesus,ciências exatas?Eu até hoje me confundo com simples equações de segundo grau,taco bhaskara em tudo,e a única coisa que eu realmente aprendi em exatas nos últimos anos,além de pitágoras,é que se eu não quisesse passar fome,eu não entrasse pra qualquer curso de exatas!Meu Deus,me desculpem o piti mas,gente eu errava troco no caixa quando trabalhei na loja do meu pai,posso dizer que o melhor que eu fazia era admirar as balas e os chicletes que lá haviam.Ai Deus,o sistema educacional brasileiro é falido total mesmo,e a Élidi que me perdoe,mas devia tá bem louca quando corrigiu o teste.(tirando a parte de Artes,repetindo mais uma vez só pra frisar)Ciências biológicas eu até que concordo sabe,já que eu quis ser médica e cantora(é ,babaca eu,mas não ri!) quando eu era mais nova,e é sério sou muito hipocondríaca!Mas eu nem sabia que existia ciencias agrárias!E eu também não me entendo viu,era pra mim tá feliz já que o teste apontou,por assim dizer"Um grande números de talentos variados",bom obrigada,se ontem eu não sabia quem sou,agora sei menos ainda!E tô rindo de mim agorinha mesmo,e me perguntando:"Camilla do céu,MA COMO VOCÊ FALA HEIN FILHONA!",como diria a Gigis e eu na oitava série.Já percebi também que eu não tenho visão á laser,e que eu erro pacas quando escrevo em campos vituais no escuro do meu quarto,ah,e percebi também que eu odeio o barulho do timer do fogão da minha mãe que tá apitando loucamente lá na cozinha,que saco mãe desliga essa merda pô!Descobri(que mentira,sei disso faz tempo!) também que sou uma das pessoas mais crítico-pensantes do universo,e que eu ando lendo Woody Allen demais,e que eu ando falando e sendo afobada demais!Acho que é a crise dos vinte se apreximando,com setembro aí cada vez mais próximo.Gente ninguém tá conseguindo me enteder,SÃO 20 ANOS!Não são 15 ou 17,nem os 18 que não me parece tão distante do hoje,são duas décadas de vida poxa!Eu ando me questionando,só mais um pouco pra variar,o que eu fiz durante esses 20 anos?Que pergunta um tanto quanto blasé,não?Mas é,dizem que nós jovens somos apressados,que queremos tudo pra ontem e que um dia vamos ver,que essa foi a melhor parte da nossas vidas,(pra mim nada vai superar minha infância,pronto, acabei de revelar minha síndrome de Peter Pan,ow shit!) ok,isso me dá medo,porque,o que eles querem dizer com isso?Que a vida madura é um saco?Que ter espinhas,descontrole emocional e hormonal,e não ter maturidade suficiente pra lidar com algumas situações e sentimentos,são as melhores coisas da vida?Ah,não eles deviam ter querido dizer,que a melhor parte são os gatinhos ,as super baladas,o manequim 38 e blábláblá.Sinto dizer,mas não tive nada disso.Tirando o manequim 38,(de agora por que durante muitos anos da minha adolescência foi 40)as melhores coisas que eu tenho certeza que um dia eu vou lembrar desses tempos são das minhas melhores amigas,das tardes regadas a brigadeito e hamburguer com salada de escarola(hehe,quem não confunde escarola com alface?Dá um tempo eu só tinha 14 anos!),dos amores platônicos por carinhas da escola,e do meu primeiro amor,que acabou sendo minha primeira grande desilusão amorosa,é desculpe ser uma pessoas chata que não teve tantas roupas de marca e nem ter sido tão popular no colégio e suas grandes baladas!Tive baladas incríveis,com pessoas muito legais,mas longe de ser as baladinhas suuuper legais dos seriados da tv.Posso dizer que sem isso,não seria a pessoa que sou,interessante e culta(aham,e metida!hahaha).Enfim,temos de extrair de nossas falácias,sempre uma coisa boa,se não existir algo bom,sei lá crie!Aprendi nessa vida,que não somos o fazemos,nem o que dizem que somos,somos quem nós escolhemos ser.Parece bobo,mas isso foi uma lição que aprendi muito cedo,e com um livro que marcou minha vida,quem leu,aposto que vai saber.Disse que não estou pra poemas,não que deixaria de ser misteriosa.

Pra encerrar esse post ridículo,uma frase de um filme que amo,e que traduz o que eu andei fazendo durante toda minha adolescência:
"-O que você está fazendo?,-Lidando com coisas que vão além da minha maturidade."

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Anedonia

Olha,pra ser bem sincera,posso até estar sendo um pouco ridícula ao declarar que,estou passando pelo pior momento de minha vida.Sim,ridícula,pois,dentre outros momentos super difíceis que tive,que foram bem duros de superar,mas este momento em especial,esta sendo mais que crucial em minha vida.Eu passei por várias nos últimos tempos,e fui tentando colocar embaixo do tapete,e mesmo que a minha depressão pareça infundada não só para mim,como para muitos,no fundo eu sei bem porque estou assim.Eu sinto muitas vezes,que vou desabar,sinto um sentimento de vazio que parece impregnado em mim,um desespero,uma vontade de dar fim a tudo isso,em vários momentos dos meus dias.Sinto que posso lutar,mas que não vou conseguir,dái penso que vou vencer,porque já estive pior e venci,e porque agora eu haveria de perder?Sinto-me vítima da vida,e eu odeio isso,eu adoro um drama,mas odeio finais tristes devo confessar.As vezes,eu tenho vontade de chorar,mas não consigo,hoje de manhã algumas lágrimas correram pelo meu rosto,e me senti melhor com isso,não conseguir chorar desespera bem mais que chorar desesperadamente as vezes.Me sinto impotente,idiota,e sei que minha vida é muito boa,não,pessoas deprimidas não são cegas,só estão em estado de miopia,astigmatismo talvez...O pior de tudo,bom,tá tudo tão confuso,que nem estou conseguindo definir o que é pior,mas com certeza o que está pesando é o medo,um medo que já senti bem forte um tempo atrás,as vezes acho que esse é meu destino,ser infeliz,sucumbir à psicose ou me matar,mas sinceramente isso é destino digno á alguém?Eu sempre achei que não.Eu gosto de mim,mesmo com tantas coisas difíceis,eu sempre ri com delas,eu gosto da minha vida,e isso está realmente me angustiando muito.Faz mais ou menos um mês que eu estou conhecendo uma fase de mim mesma que eu já tinha visto de outra forma,não menos difícil,mas depois do acontecido,menos apavorante,agora ela se disfarçou de uma desesperança misturada com angústia daquelas que mesmo ao dormir eu creio que tenha passado,acabo sendo acordada por ela.Eu sei que vou conseguir vencer,e sei que quando isso acontecer,serei mais uma vez a pessoa que sempre no fundo sempre fui,a pessoa que eu mais amo.Anedonia descontrolada e descabida,um dia vai ter seu fim.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Keeping me alive...


Hoje quis exprimir meus sentimentos mais mórbidos,e todo meu tédio e minha insatisfação,ou tão somente esse sentimento vazio perigoso,que talvez,somente os suicídas conheçam.Hoje,não somente hoje,me convenci a mais uma vez,me manter viva.Mesmo achando as vezes que não vale a pena,eu agradeço a minha curiosidade e aquele sentimentozinho que até agora,foi maior que todas as minhas mais insanas alucinações,o sentimento de que isso vai passar.


Contudo,não trasformarei meus sentimentos em poesia,já o assim fizeram por mim,uma música,um grande poeta e trovador da dor humana,Renato Russo escreveu, não só a minha dor,mas a de muitos .



Há tempos(Legião urbana).


Parece cocaína mas é só tristeza, talvez tua cidade.
Muitos temores nascem do cansaço e da solidão
E o descompasso e o desperdício herdeiros são
Agora da virtude que perdemos.
Há tempos tive um sonho, não me lembro
não me lembro...
Tua tristeza é tão exata
E hoje o dia é tão bonito
Já estamos acostumados
A não termos mais nem isso.
Os sonhos vêm e os sonhos vão
O resto é imperfeito.
Disseste que se tua voz tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira.
E há tempos nem os santos têm ao certo
A medida da maldade
Há tempos são os jovens que adoecem
Há tempos o encanto está ausente
E há ferrugem nos sorrisos
E só o acaso estende os braços
A quem procura abrigo e proteção.
Meu amor, disciplina é liberdade
Compaixão é fortaleza
Ter bondade é ter coragem
Ela disse: "Lá em casa tem um poço
mas a água é muito limpa."

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Adeus por agora



Tentei me enganar,


me convencer que o pouco,


já me sustentava.


Tentei me confundir com palavras,


me levar por jogadas,


mas, a verdade é que isso só não basta


Não o mais sério,porém


quero apenas algo que seja mais certo.


Que não esteja pra mim somente quando quiser


Digo que por hora não mais te quero,


e que vai ser estranho não mais ir atrás,


mas, preciso agora ser mais eu,


preciso receber,


dar agora não é mais momento meu.


Só quero que saiba que foi divertido


tudo que foi dito ou tido


entre nós dois.


E que não te expulso,


apenas te tiro do lugar


de "algo mais"


E se quiser notícias minhas,


venha e peça que lhe darei.


Lavo minhas mãos,


e não mais me esforço,


porque meu planeta é mercúrio,


e sou prática demais pra perder tempo


com alguém que só fica no "tanto faz",


ou no máximo,um talvez


Adeus amigo por hora,


talvez um dia se o destino quiser,


ou você,voltemos a nos encontrar.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Menino maneiro


Menino maneiro,
que quando fala sinto meu corpo inteiro
transpirar de desejo
Menino de jeito mineiro
de voz envolvente
Eu com sede e carente
não posso contigo
Ah,menino não faça isso comigo!
Menino ligeiro
por favor,
me deixe sentir esse seu cheiro
que passo noites em sonhos loucos a desvendar
Menino faceiro
faça mimos,mas me dê o que quero
porque sei que não posso mais me controlar
Menino brasileiro,
latino,late assim meu almejo
de pra ti um dia todo a esse fogo derramar
Que seu canto ainda soa em minha mente,
ainda faz minhas partes mais íntimas vibrarem
Ah,menino como consegue me levar ao êxtase
sem ao menos estar aqui ou me tocar?
Ah,menino maneiro,não se sinta demais
nem atues pra mim
Só apenas saiba,que mexes comigo,
e se sabes...
...Não me faça esperar!

Solidão


Entre quatro paredes,

ouço os ruídos de um silêncio

quase que inaudível,confundível

entre a loucura de se escutar o inescutável,

e a insensatez de palavras tão confusas,

que chegam a ser em suma duvidáveis

Com choros calados,pequenas angústias

lembranças quase que esquecidas

dolorosas,ainda que quase apagadas,

ainda permanecem aqui

Parecem zombar de mim,

quase posso ouvir seus risos insanamente altos

na minha mente,eles tocam como sinos loucos a soar

Sinto um vazio,sinto-me como pedra logo após,

seria eu uma louca,uma bipolar?

Sinto falta dos tempos de divã

Com controle de todos meus sentidos,que hoje os tenho

O meu rosto ainda se salga,se afoga em lágrimas sufocadas

em soluços de criança,que se põe a tudo questionar

O que procuro,não me pergunte,nem me conteste
porque eu ainda não sei,

e o medo de mim mesma,me acompanha todos os dias ,todas as noites

eu companheira e inimiga de mim
Sinto falta de algo que sequer consigo nominar,

um dia pensei encontrar,

mas a decepção foi mais forte,e o pior golpe

não foi só a dor e as lágrimas,

mas a dúvida,que me acompanha desde o nascente,

até o alto luar

Um bosque frio desses tempos de quase inverno,

daqueles com pouca vida e rarefeito ar

de folhas mortas,de cores mórbidas

de ares frios,um tempo que juro até adorar

mas que quando em mim,me aperta,me desespera

me dá medo,me dá frio,e uma terrível sensação

de solidão

Aquele que não está no físico,mas sim no coração


quinta-feira, 15 de maio de 2008

Não mais que outono


Quando caia o outono,e o quinto dos meses se iniciava

tais fatos me remetiam irremediavelmente a você

Me dei conta que hoje,maio é mais

mais que você,de que coisa alguma resta de ti em meu ser


Descobri nos últimos tempos,que existe vida sem você

eu existo sem você,sou alguém sem pensar em você

e que pronunciar seu nome hoje não me é mais dor

ficou sendo nada,ficou sendo tudo que sempre foi...mas que nunca conseguia ver


Maio esta sendo apenas maio,

esta sendo o que ele sempre devia ser,

nada demais,que é o que é agora você

E todas minhas lágrimas,tão com sentimentos derramadas um dia,

Parecem-me hoje exageradas,descabidas,sem sentido


Levou um tempo pra perceber,algo tão simples

mas que em estado de amor não conseguia ver

que entre todos agora na multidão

você se tornou apenas mais um,finalmente saiu da minha mente e de meu coração!


Penso que estar escrevendo sobre ti,ainda é demais,pra tal pessoa

que hoje não significa nada mais pra mim,

mas precisava registrar o dia em que enfim,

você se tornou pra mim o que eu sempre fui pra você,insignificante nada em meu ser


E ainda que foras o primeiro de meus amores

és nada por ter me dado em troca nada além do seu desprezo

nem seu respeito,nem sua consideração

nem sua amizade,ouso dizer que hoje és menos pra mim do que fui pra ti


Que não vejam despeito em meus versos

e raiva em minhas palavras

só vejam sinceridade no que eu digo,

na humanidade em que aqui eu falo


No embate dos atos alheios para conosco,

de duas uma pode ocorrer,

ou se tornar algo que não se esquece,

ou se tornar algo tão fútil,que só resta esquecer


incrivelmente humano perceber,como as coisas mudam

como as cartas se erguem,sem mesmo se ver

ou notar ou perceber,

as pessoas são mesmo,fruto do que são pra nós


E mesmo com saudade do que eu sentia

hoje já não sei mais te amar,

não te conheço,

Só mesmo falta sinto do amor que sentia ,da alma que ama


Sinto falta dos sintomas, da força

e dos sonhos

Hoje já não sonho mais com amor

nem mais com flores,nem mais contigo

No mais amargo dos meus outonos,

maio hoje é mais doce quase imperceptivelmente,

por não ter mais a dor que era pra mim amar-te
amor com amor não se paga,mas também não se alimenta



Para aqueles que sofrem a dor da desilusão,saibam que ela um dia passa,e mesmo que fique vazio por um tempo,o outono dá lugar ao inverno,que dá lugar a primavera,que em setembro faz tudo de novo renascer,percebi que bonito mesmo é setembro o mês que renasce,e como setembrina,eu sempre soube renascer.

domingo, 27 de abril de 2008

Perdendo os dentes


Pouco adiantou
Acender cigarro
Falar palavrão
Perder a razão

Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém

Acho que eu fico mesmo diferente
Quando falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou
E uso as palavras de um perdedor

As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei

As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci

Pouco adiantou
Acender cigarro
Falar palavrão
Perder a razão

Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém

Acho que eu fico mesmo diferente
Quando falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou
E uso as palavras de um perdedor

As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei

As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci

As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei

As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci

sábado, 5 de abril de 2008

As meninas


Certa vez,não me lembro bem,acho que muito pequenina posso dizer,me disseram que,falar sobre feridas que ainda doem era um dos atos mais corajosos que um ser humano poderia enfrentar.

Pois bem hoje com Cecília desenterro um de meus maiores males,o que fora durante anos meu maior pesadelo real.É incrível como certas pessoas e acontecimentos mudam,as vezes tão radicalmente nossas vidas.Mas que desenterrar temores e desacorrentar fantasmas,em minha Teoria de conclusão de curso do meu técnico de Moda,esse ano chego a uma idade,que não me permite mais carregar fardos pesados de minha infância e adolescência,é mais do que hora de perseverar em direção ao futuro,e viver sem medo de eventuais "efeitos de repetição".

Pois bem então em desenvolvimento ao meu Tcc,que é algo parte biográfico(grande parte "as matter of fact"),eu desenterro minha quinta série,com os meus então onze para doze anos de idade,onde no primeiro livro do ano da lista era "Ou isto ou aquilo" de Cecília Meirelles.Eu que desde essa idade,já havia lido muitos livros,pois minha paixão por leitura vem de muitos anos,Cecília não me soava estranho,também no entanto, não me soava com extrema intimidade.

Naquela época estudava em um colégio mais conhecido certamente que o colégio em que passei todo o primário,colégio de bairro,junto com a quinta,eu que tinha passado por probelams com amiguinhas no outro colégio,tudo que eu queria,era fazer novas amizades,e deixar minha problématica quarta série pra trás.Tudo trascorria bem,até que fiz duas amigas que dividiam o mesmo nome,e pode acreditar,o mesmo signo.Nós éramos muito próximas,como unha e carne dizia nossos professores,tanto que no trabalho do livro de Cecília,fizemos uma apresentação cantada,que agradou tano a professora,que apresentemos para todo o colégio.Imagine nem era tão brilhante,porém ficara interessante musicalizar,um poema que já era quase uma música.

O poema era "As meninas",e me lembro de ter ficado irritada de me ter "sobrado" a doce e singela Maria,se você souber o poema,que vou colocar aqui,me entenmderia,ou não,hoje vejo,que nenhuma era melhor que Maria,só hoje vejo,que nem Arabela,nem Carolina,o que eu quero mesmo ser é um pouco mais Maria.Com o "papel" de Maria,eu cantava mais que as duas,e nossa apresentação foi bem aclamada.Tinhamos boas idéias,nossas peças nas aulas de teatro eram extremamente engraçadas,(tanto que até mesmo eu,que fazia parte,fiz xixi nas calças certa vez em cena!)enfim éramos em aprte as próprias meninas ,com algumas pequenas mudanças é claro.

Mas então,no ano seguinte as coisas ,mudaram e sem dar muitas explicações,elas começaram a me evitar,e dizerem que não queriam mais minha amizade.Não aquilo não poderia acontecer mais uma vez,eu pensava.Eu pedia explicações que o colégio e a sala inteira pareciam entender menos eu,ofensas,que uma pessoa como eu jamais lanaçaria á alguém,acho que isso me machucou muito,nunca ofenderia a mãe de ninguém,Meus princípios jamais me permitiriam.Mas com tais alegações,convenceram muita gente,que me ofendiam,lançavam olhares de repúdio,desde na perua escolar(eu ia pra escola com uma delas)até hora do intervalo.Ofensas,papeizinhs tacados em mim,piadinhas,músiquinhas,e eu se já não bastasse minha dor repentina de perder minhas queridas amizades,ainda tinha que sofrer uma malhação do Judas,por algo que eu sabia que não havia dito.Sofri assim por meses,e elas mantinham o que sempre diziam,meu sofrimento era tão doloroso,que eu ficava sozinha na escola,com vergonha daquelas pessoas que me julgavam tão cruelmente,e ainda a única companhia que tinha,depois descobri,que espalhava mais mentiras para elas.Certamente a escola nunca fora o meu lugar predileto,depois de tal experiência,ela deixou de ser para sempre,pelo menos até agora.

O que posso dizer é que eu com meus doze anos de idade,não tinha noção o que danos psicológicos como aqueles poderiam me trazer como consequência,não demoraria muito a descobrir,mas exatamente em meados de outubro,quando me mudei de horário,após meses de humilhações diárias,e acreditem a coordenação não puniu,nenhuma das agrssões morais e quase físcas,nenhuma delas.Quando me mudei de horário,tudo parecia ficar bem,não ia pra escola mais com frequência,e sentia que meus novos colegas,me aceitavam bem.Não precisou de uma semana,para que eu tivesse a primeira de muitas outras crises de uma doença que eu nem conhecia na época,lembro que cheguei na escola,e n primeira aula,vi tudo meio embaçado,senti tontura,meu coração disparava,uma falta de ar,mãos molhadas e frias,rosto quente e a pior das sensações,uma intensa,real e horrível sensação de morte.Para mim naquele instante,com treze anos recém completados de idade,que me lembro muito nitidamente ,para mim a sensação era que eu ia "desligar "a qualquer momento,assim com um descontrole total de mim,minha professora viu minha falta de cor quando fui a sua mesa,bambeando,e fui pra casa,com uma suspeita de fraqueza,depoiis de tudo que eu havia passado naquela escola,não seria estranho eu ter fraquezas.Algo em mim me dizia que não era falta de glicose no sangue meu problema,eu sentia com medo que era algo mais,pois minha percepção visula,auditiva e de ver ,sentir e pensar no mundo e em mim como ser humano havia mudado,era como se eu estivesse acorrentada em mim,e sem o menor controle do meu corpo.Passaram se os dias e as crises eram constantes,entre a primeira e a segunda aula,no início,era só na escola,depois passava se em qualquer luagar que fosse,o que me trasformou em além de prisoneira do meu próprio corpo,prisioneira da minha própria casa.Me levaram a médicos,fiz até exames eletrocardiograma,encefalograma,e tudo parecia estar absolutamente normal,até o de sangue,nada de anemia ou coisa similar,até que uma viznha recomendou minha mãe que me levasse á um profissional especializado,ou seja um psicólogo,minha mãe que já havia me levado anos antes,por ser filha de pais separados,me levou a uma psicológa recomendada por uma prima minha que é psiquiatra.Fui diagnosticada rapidamente com uma doença que eu nunca havia ouvido sequer o nome,mas que eu me tornaria quase que doutora com o tempo,Síndrome do pânico.Síndrome do quê?Era o que eu pensava,mas o que mais me intrigava era o porque de eu ter desenvolvido aquela doença.O fato de eu ter tido depressão três anos antes,e o fato de muitas frustrações em minha vida,inclusive a recente com minhas melhores amigas e todo o colégio,não parecia claro em minha cabeça pré adolescente.

Fiz terapia,fui entendendo muitas coisas,fui me conhcendo e com o tempo eu fui melhorando,nunca cem por cento,mas aliviada por não ter mais crises violentas como as do princípio,mas o trauma de colégio,mesmo que subconcientemente,desse eu nunca mais me livrei.

Fui vivendo,lutando bravamente dia-a-dia com essa dença que não tem cura,e que como um vício ,cada dia é um dia pra se vencer,e tive outras muitas mais dores em função de essa simples frustração de infância,até parei de estudar no colegial ,me trazendo uma atrazo de dois anos em minha formação,e trazendo outras frustrações com que lidar,mas acima de tudo,eu agradeço a vida,porque ,sem toda essa experiência,eu jamais seria a pessoa mais humana,que melhor entende as pessoas,e mais sábia que sou hoje,não teria conhcido pessoas que me ensinaram muito,lugares,livros ,filmes,músicas,nem teria morado com meu pai( quero dizer mais com a minha vovis querida que com ele)e com minha madrasta e descoberto que viver sem minha mãe e4ra bem mais difícil,não importa que nós sempre brigamos e que eu discorde de muitas coisas que ela faz,e até como ela me criou,mas muito o valor que ela tinha e tem pra mim.Não teria descoberto nem conhecido a pessoa que mais todos deveríamos conhecer melhor,eu mesma.

De nada disso teria sido minha vida,nem mais interessante,nem menos sofrida,porque o sofrimento ensina e muito,agradeço todos os dias.Aprendi e ainda aprendo a cada dia,que,quanto mais conhecimento que se tem,mais responsabilidade para lidar com ele tem que se ter,e isso as vezes traz bastante dor,mas também traz algo muito divino,algo que a ignorância e a normailidade nunca poderiam dar.Aquele sentimento de que mesmo que você sofra,e saiba que o mundo ainda é injusto e arcaico em relações as inúmeras diferenças que as pessoas têm,eu sinto que eu sou uma pessoa toda especial na minha singularidade em relação á mim mesma,e igual em relação a minha humanidade.Acho que aos onze,antes de tudo isso que ocorreu em minha vida,não sabia da grande impotância de Maria em nossas vidas.Como Maria perdoei as menians que tanto me fizeram sofrer,pois pior que não ser perdoado,e viver sem perdoar alguém.



As meninas (Cecília Meirelles)


Arabela

abria a janela.


Carolina

erguia a cortina.


E Maria

olhava e sorria:

"Bom dia!"


Arabela

foi sempre a mais bela.


Carolina

a mais sábia menina.


E Maria

apenas sorria:

"Bom dia!"


Pensaremos em cada menina

que vivia naquela janela;

uma que se chamava Arabela,

outra que se chamou Carolina.


Mas a nossa profunda saudade

è Maria,Maria,Maria,

que dizia com voz de amizade:

"Bom dia!"

sábado, 29 de março de 2008

Admirável velha infância


Por que brinca comigo,

se de princípio não brincava com você?
Mas que asneira,tudo desde o ínicio

não passava de tola brincadeira.


Aprender a brincar estou,

com a vida não adianta grandes pretenções

nada está ao nosso controle,

nada é concreto demais,que não possa ser mudado.


A vida é mutável

desprentencioso jogo de sonhos e situações

Com um gostinho inegualável,não há dor que não passe

nem estado de graça que perdure,nem pessoas que não mudem.


Disse o bardo certa vez que,

"Não precisa mudar de amigos,se conseguir compreender que os amigos mudam"

Não precisa tentar mudar o tempo todo,a vida já o faz por você

Apenas se contente em manter pensamento avante,não há dor que vale a pena manter


Outro grande poeta disse também,

"Que não fosse imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure"

Que nunca nós homens ousemos querer o eterno,posto que é divino


Que apenas ousemos em querer o que a humanidade nos permite,

a espera de ser

Deixemos o resto ao destino,ao acaso

e a humilde centelha divina que nos pertence.


Tentemos ler mais livros e poemas

Ouvir mais diversas músicas e melodias

Peças e filmes,

Pois a arte brinca de pensar na vida,e o que seria a vida além de uma doce confusão?


"Um dia a vida voltará a ser como era antes, inocente e despretenciosa,

daí voltaremos a sermos o que realmente somos ,e ao paraíso poderemos retornar"

terça-feira, 25 de março de 2008

Cette Fille


Observe aquela menina,

De olhos grandes e curiosos

de longos cabelos castanhos,de pele alva

observe aquela pequena menina


Ela vive muito em sua própria casa,gosta do que é seu

Não se vê rodeada de muitos amigos,mas sempre se vê rodeada de alguns bons

Muito se vê ela falando sozinha,fama de quieta quando menina,quando só uma tremenda tagarela


Observo aquela menina,que parece nunca estar aqui

Ela não é como as outras crianças,nunca quis conquistar o mundo,apenas o dela

Talvez porque o mundo dela seja bem maior e interessante que o pobre mundo dos outros mortais


Ela não se prende a convenções,minto,se prende,as suas próprias convenções

Ela não quer o popular,ela quer o íntimo

Ela sabe desde muito pequena que quem quer de tudo,acaba com coisa alguma

Ouso dizer que sempre muito sábia essa menina


Ela supera tudo,sangra rios por dentro,mais que sua meninice poderia logicamente suportar

Mas ela é forte,determinada,pra ela mesmo com sua cara de descrente,intimamente

a vida sempre foi algo que vale a pena perseverar

E ela não sabia o que a vida ainda iria lhe preservar


Aquela menina,pequena menina,sim a do terceiro andar

isso mesmo da escada que tem como letra sua inicial

Muito estranha aquela menina,nunca faz nada no tempo certo

Sempre esta atrasada em seus compromissos,sempre muito adiantada em relação a seus contemporâneos


Seria uma pequena Amélie?Ou uma pequena Jane,ou Elizabeth?

Seria uma pouco de todas,seria nenhuma

Ela é única,singular,peculiar

E talvez nem esteja sendo certa ao descreve-la


Pouco se sabe sobre ela,só vejo em seu olha perdido as vezes

tentando encontrar alguém como ela,que possa fazer com que sua angústia tenha fim

Ela procura todo dia até hoje,que já não é mais pequenina

Alguém que tenha o seu mesmo olhar.


Pobre daquela menina,um dia talvez seu destino,um olhar poderá atravessar

Toute Seule...


Acordei em minha vida hoje,como em quase todos os dias

Senti um enorme desânimo fulminar entre minhas entranhas,

Pude perceber este, minando qualquer boa sensação em mim.


Eu espero dia-a-dia que isso passe logo,

que minha vida logo comece,

e temo que esta já tenha se iniciado há tempos e eu aqui entre meus devaneios,

negligente demais com a felicidade,não tenha notado.


Me sinto como o homem de ossos de vidro,cansada demais pra lutar

para otimizar,para esperar,

Outrora já disse,vou indo sem dor,vou indo sem mim.


Um jeito muito cruel e morno de viver esse, ah sim!

No enredo da vida espero o tão sonhado e eterno ato da felicidade

Mais a vida escritora parece não se interessar por esta personagem aqui,

viverei como Clarice,que de nada esperava da vida,apenas a morte,de sua dor apenas


Viverei de prolixidades,de sarcarmos,de ironias bem sacadas

Viverei apenas de encéfalo,calarei meu coração

que vive de esperanças bobas e sonhos futéis,que só me trouxeram solidão


Viverei assim,pois,não poderia viver de outro jeito,que não me venham com otimismos místicos

e esperanças infundadas,que não me venham com promessas de amor não justificadas

Sou racional,cerebral,apenas por meu encéfalo ter sido bem mais competente nessa vida

que meu coração,vou,não, sou,toute seule.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Pessoas


Na vida,desde o primeiro suspiro

sempre houve ao menos uma pessoa

A o decorrer desta,várias pessoas passam

mas apenas algumas ficam,

e mais poucas ainda marcam

Umas te desiludem,

outras te ensinam a sonhar novamente

Umas te encantam,por hora as vezes te decepcionam

poucas são as que não te decepciona

Pessoas e pessoas...

Todas na humanidade igual,

mas em sua essência diferentes

Mesmo em lástima ,

nunca nos cansamos de pessoas

Porque somos pessoas,somos humanos

somos essência,somos átomos

e vivemos em integração

Vivemos em interdepedência,

mas,mais do que isso

precisamos de pessoas para viver o melhor

que esta vida pode nos oferecer

uma coisa que todos buscam,mas que nem todos a acham

quatro letras como os quatro elementos,esta força que move nós pessoas

Pessoas vivem por amor!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O pecado da mulher

Ele surge em uma tarde ensolarada de sábado
Escuta com paciência tocante,as manias
de uma garota de aparencia estranhamente interessante
As coisas acontecem,o assunto surge
Um delicioso,perigoso,inebriante tabu dos homens
Falam sobre carne,e suas diversas seduções
Ela recua,com medo,não quer a recusa
Ele insiste com curiosidade notável,como um macho
acercando uma fêmea
Ela sente ocalor interior retido em seu corpo sufocá-la
Ele pede água,pra matar seu ardor
Ambos se divertem,ambos se desconhecem
Brincam,não desistem,até sentir do outro o estupor
Perigosa brincadeira,jogo cruel de más intenções
Ela não dá ré,quer chegar até o fim,
se arrisca,pois fêmea que se preze,de cara
não se apresenta assim
Ele sabe onde pisa,sabe o que quer,e sabe como sair
Dos dois apenas uma arma comum,as mãos
Dela se distingue apenas a paixão
Ele provoca,acerca,mas não toca,quer ver,quer ler
E ela o que quer apenas,não sente,ela mente,diz pra si mesma que ,
com apenas isso já é contente
Mas não nega,se rende,as mãos,aos lençóis ela se entrega
Sendo que ele nem desejo mais a essa altura é quente
Dele muito não pode se saber,se quer ou se seu desejo tem data estipulada
pra vencer
No meio do jogo,ela se perde,como saber ,de que maneira vencer?
O vencedor?Sempre o homem,pois em jogos de sedução,
ganha quem souber não se envolver.

Mulheres,sempre perdendo em um jogo que sabem que não devem se meter!
Nós mulheres como sempre pecando por já saber...

Prefiro,ainda por ti!


A vida tão rara,em que momento
eu me perdi?
Visões de futuro obscuro e obsoleto,
clarão de luz, ainda não vi
Tantas almas inerentes,impressionantes
apaixonantes,como não cair?
Ferida por mim mesma,
não consigo perder
o costume de sorrir
Sorrir,pois tudo vejo
em seus mínimos detalhes
interessantes
Como não se deixar sentir?
Me apaixono por seu despreendimento
pela alma jovem, pelos ideais que parece
nunca desistir
Falo em rimas pobres,só me contento
não contenho,ardentemente intento
Não me acho em minha constante e volúvel
ambiguidade,
entre a tristeza e a alegria
Mesmo em tudo
ainda prefiro,por ti
sorrir!


Sorrir,desistir,sentir,cair,vi,perdi...tantos verbos ,que ainda não descrevem em parte suma,nada que senti!