
Entre quatro paredes,
ouço os ruídos de um silêncio
quase que inaudível,confundível
entre a loucura de se escutar o inescutável,
e a insensatez de palavras tão confusas,
que chegam a ser em suma duvidáveis
Com choros calados,pequenas angústias
lembranças quase que esquecidas
dolorosas,ainda que quase apagadas,
ainda permanecem aqui
Parecem zombar de mim,
quase posso ouvir seus risos insanamente altos
na minha mente,eles tocam como sinos loucos a soar
Sinto um vazio,sinto-me como pedra logo após,
seria eu uma louca,uma bipolar?
Sinto falta dos tempos de divã
Com controle de todos meus sentidos,que hoje os tenho
O meu rosto ainda se salga,se afoga em lágrimas sufocadas
em soluços de criança,que se põe a tudo questionar
O que procuro,não me pergunte,nem me conteste
porque eu ainda não sei,
e o medo de mim mesma,me acompanha todos os dias ,todas as noites
eu companheira e inimiga de mim
Sinto falta de algo que sequer consigo nominar,
um dia pensei encontrar,
mas a decepção foi mais forte,e o pior golpe
não foi só a dor e as lágrimas,
mas a dúvida,que me acompanha desde o nascente,
até o alto luar
Um bosque frio desses tempos de quase inverno,
daqueles com pouca vida e rarefeito ar
de folhas mortas,de cores mórbidas
de ares frios,um tempo que juro até adorar
mas que quando em mim,me aperta,me desespera
me dá medo,me dá frio,e uma terrível sensação
de solidão
Aquele que não está no físico,mas sim no coração
Um comentário:
Acho que sua modéstia, é para receber "confetes", pois esrevestes divinamente bem, Perfeita!
"Solidão...
...é o meu motivo,
meu delírio inimigo,
sentimento que me toma,
não o consigo dominar."
Beijão!
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