"A vida em um breve comentário"

"Pare e pense."

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Limpando o guarda-roupa.

Desde o começo desse blog,eu a autora dos textos que aqui redijo,fugi totalmente da idéia central que tinha desde que fiz esse blog.Normal,caí nas armadilhas melodramáticas da poesia,com palavras belas e rebuscadas,abusando dos sentimentos e situações alheios que vivia.Pois é,mas isso acabou.
Não digo que não farei mais poesias,só digo que me focarei mais no que eu sempre gostei mais de escrever,sobre a vida e sem os grandes rodeios que a poesia pede.
Porque eu sempre me fazia uma pergunta antes de escrever,o que eles querem ler?E na verdade,não é que eu não recebia a resposta por alguma falha minha,mas sim porque a pergunta que eu me fazia é que era errada.Não tenho que escrever o que as pessoas querem,e sim o que elas estão preparadas para ler.Sério,não se dá a obra completa de Miguel de Cervantes "Dom Quixote",para uma criança recém alfabetizada.Escrever de uma forma descontraída e mais simples é o melhor jeito de se aproximar do grande público,pois,o ser humano sempre encontra nas obras de arte,não só um modo de reflexionar sobre os inúmeros teoremas da vida,como também uma forma de relaxar,de sentir-se compreendido,de se entreter.
É tão difícil para escritores(inclusive os amadores como eu) serem objetivos e menos subliminares,porque na verdade a escrita também é um tipo de arte e na arte tem sempre algo auto-biográfico do artista.E não falo de obviedades,(ops,mais uma vez os enigmas e seus escritores)Talvez seja até algo que nem sabemos que temos em nós,e se revelar assim de graça dá medo,muito e em qualquer pessoa.
O que eu acabei rodeando como sempre,como uma boa virginiana obcecada em detalhes e explicações desnecessárias,é que em tempos de banalizações não só na escrita,mas na família,na mídia, nos princípios e sobretudo uma gigantesca banalização da vida,está mais do que na hora de pararmos de sermos tão covardes e egoístas e começarmos a sermos sinceros com o que queremos de verdade,pararmos de dar desculpas para os nossos instintos e vontades,deixarmos de sermos hipócritas e realmente assumirmos que tudo o que está acontecendo é resultado do que fomos e fizemos durante todos esses anos.Falei primeira pessoa do plural,porque,isso se aplica muito a mim,mas seria muita hipocrisia minha bancar a Madre Teresa para um problema tão geral.
Posso ser nova e meus poemas serem um saco,mas se for honesto consigo mesmo você vai ver que, além das minhas futilidades femininas e minhas espinhas,existe muita verdade.

Um comentário:

Dyane Priscila disse...

É isso aí, talvez, estejamos embarcando em um novos oceanos, mais calmos, ou pelo menos, mais fáceis de serem navegados!

Gostei da forma que conduziu o texto, simples, objetivo.


Parabéns!

Beijão!