"A vida em um breve comentário"

"Pare e pense."

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Excêntrica dor(desabafo pré-final)

Vou aqui escrevendo,para ver se ao menos,consigo diminuir essa dor que me causas só pelo infeliz fato de meu amor não por ti ser recíproco.Mais uma vez vivo os dias condenada a ver-te ainda em algum dia,em companhia de seu tão citado amor.Me prendo em suas palavras,e não consigo resistir em tanto admirar-te,nem ao menos consigo extinguir essa tola esperança de que algum dia,olhe para meus pobres versos e resolva me dizer um sim aquela pergunta que nem ao menos o fiz.
És tão comunalmente simples e tão ao mesmo tempo enigmático,que mesmo querendo te esquecer em outros,sempre pareço estar procurando em outros,tu.O medo de nunca mais ver-te,se confunde em um medo maior em algum dia tu apareceres á minha frente.Eu te odeio ressentida e calada,te amando cada vez que vejo a grandeza escrita de suas palavras,me odiando por não conseguir tua atenção,me amando por ao menos saber que existes.
O que sei,e que já conclui que não é muito,é que ficarei de pronto aqui,de longe observar-te a conseguir o que tanto queres,a cada vez mais não ser nada para ti.Viverei de respiração ofegante com novidades tuas,esperando aquela notícia que desejo tanto nunca ouvir.E quando ouvir,me debulharei em lágrimas,pois,mesmo encontrando muitos outros,mesmo sem saber muito,eu sei que não existirá ninguém com quem sonharei ouvir o som das tão belas escritas palavras,me dizendo o que tanto quero ouvir.

Até nunca,viverei a sombra de ti,como um guardião sempre de posto,velando-te a cada queda a prestar qualquer tipo de ajuda e nunca esquecer da expressão crua do talento teu no rosto.

...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Aquela que eu amo mais

Quantas vezes mais eu ainda irei brigar com você?Quantas vezes mais você me dará aquele abrigo que nenhuma pessoa no mundo consegue me dar?Quantas vezes mais você vai sofrer por essa sua filha que as vezes faz tudo errado?É mãe,não sei.
Esses tempos andam sendo tão difíceis,que quando mesmo com raiva de você não me entender,eu consigo ver bem,que se não fosse por você,eu nem sei se estaria aqui.Você é toda a maior ambiguidade da minha vida,minha mais doce hipérbole,minha mais amarga anáfora.
Na história da humanidade,muito sempre se falam dessa relação que vezes parece divina e vezes parece ter o poder de te arruinar,mas,mesmo com todas essas contradições,mesmo com todas brigas,as palavras e as feridas,mesmo com tudo isso,você é a pessoa que eu mais amo nesse mundo.E eu nem sei porque.
Somos tão difusas,que creio que Deus nos colocou como mãe e filha porque,se não os fossemos talvez nunca nos amaríamos ou nem ao menos nos conheceríamos.Eu posso nem saber porque você é a pessoa mais importante da minha vida,mas eu sei o porque de te achar a mais incrível das mulheres do mundo,simplesmente porque você nunca nos deixou.Mesmo com sua pose autoritária,você sempre depois me dava o que eu queria,e sendo bem franca,eu também não sou lá uma pessoa tão fácil de se lidar.Acho que nunca escrevi um texto para você,porque você é todo o mistério dessa minha vida,e também que como meu pai,doeu ver que você era humana e não a deusa loura de salto alto que eu tanto queria ser igual( e também quando descobri que você é quase anã!hahaha),doue mais ainda quando eu descobri muito pequena que você ficou tão infeliz.
É aquele velho assunto de que são nos pais que quando pequenos vemos a vida,acho que no fundo sempre quis ser igual,mas diferente de você,porque ver você triste foi o que me marcou mais,acho que ,não tenho certeza que ver você feliz como era quando era pequenina é o que eu sempre quis.Eu sempre fui mais você,me tornei algo muito diferente ,mas no fundo eu sempre vou ter essa teimosia de luatr até o fim que eu herdei de ninguém mais que você.
É pelos beijos,pelos consolos,pelas noites me velando,pelos doces,pelas bonecas que eu ganhava na birra,por você ser tão maravilhosamente a melhor e mais engraçada mãe que eu poderia ter!

A você a pessoa que eu mais amo nesse mundo!

Te amo mamãe!

Tristeza musicalizada

Por que choras criança?
Se ontem era só sorrisos
Por que esse tanto de andança?
Onde foram parar seus grandes sonhos suaves e lisos?

Não chores menina
Há de ter o medo
Mas há também a sina
De sempre saber o segredo

Por onde andas criança?
Ainda estas no jardim?
A menina que não passa de lembrança
Sempre toma conta de mim

O que tanto procuras menina?
O que tanto ansias de encontrar?
Não fazias tanto esforço pequenina
Por que esse infinito pranto no canto do olhar?

Ah,doce criança-menina
Se ao menos pudesse nisso ajudar-te
Dizer que isso passa,logo tomarás aquela água de mina
Brincar de sonhar de ser quem quiseres e na areia do parque das fantasias sujar-te

Ah, doce criança
Queria dizer-te que o mundo é lindo,que o sol tudo anima
Queria que sentisse de volta no hoje,o que só traz-te a lembrança
Mas isso não é possível,pois de fato já não és mais menina


...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Aquilo que nunca acontece

Suas unhas laranjas escrevem mais do que a própria consciente poderia querer.Há tempos figura aquele olhar morto em sua face,um sorriso sem força,estampado,marcado,para todos que por ventura quisessem ver.Sua vida há tempos já não é a mesma,ela sente que seus sonhos e suas vontades estão por aí,ela sente falta daquilo que ela,por alguma razão,nunca pode ter.
O calendário já não é mais complascente com ela, e os ponteiros do relógio parecem já ter lhe dado um ultimato,ela corre,corre sem nem ao menos saber o porque.Suas pernas estão cansadas,e o pouco esforço que faz já não lhe vale de nada,o tic-tac do relógio soa em seus ouvidos cada vez mais agudo,ela não dorme.Ela não acorda.Não anda comprindo seus compromissos como devia,tudo o que hoje ela faz,nota-se em seu rosto que ela está sempre querendo aquele algo mais,que há um tempo dela se perdeu.
Seus olhos quando adolescentes,se marejaram tanto,que hoje adulta,ela não sabe mais como é chorar.Condenada ao comum,pensa ela devo estar,ela se apavora,ela está se tornando no que ela temeu por toda sua vida se tornar.Tic tac,e seus sonhos lhe parecem ainda mais distantes a cada segundo que o ponteiro em alto som vai a passar.
Ela procura diversão,mas ela sabe que desse jeito nunca achará.De repente a vida parece um fardo quase impossível de em suas costas carregar,pega na gaveta aquele revólver,que comprara naquela tarde,conta um,dois,três e...olha para a parede de seu quarto,e vê um velho quadro que ela mesma pintou quando criança.Suas mãos soam e seus dedos tremulam sem força para apertar o gatilho que,acabaria com todo aquele vazio nela.No quadro uma pontezinha,e ela se lembra do dia em que pintara o tal quadro.Tinha oito anos e sua tarefa de casa de artes era reproduzir uma tela de Monet.Ela se lembra,na época se encantara por Monet,e seu quadro mais célebre,o da ponte de sua casa, resolveu pintar.
Passado o flashback de mais de doze anos atrás,ela em choque ainda olha para o quadro e começa a chorar,um choro estranho,não de alívio.Um choro angustiado,o choro daqueles que imploram por um motivo para viver,aquele choro que se você nunca se sentiu depressivo a tal ponto,nunca irá entender.Ela está sozinha,ela chora porque,se lembra de quando viver era algo tão fácil e tão suave como as obras de Monet.Um dia,há muito tempo ela fora feliz.
Pegou os comprimidos no criado mudo e tomou cuidadosamente,fazia quase dois meses que estava tomando os remédios,que não pareciam fazer efeito algum.Na bagunça de sua vida,várias vezes se sentira perdida,mas vazia,daquele jeito,nunca.Isso há de ter solução,há de ter uma,Deus não é possível,pensa ela todo dia ao acordar.
Outro dia vira na rua o que fora o grande amor de sua vida,desviou de seu caminho.Não que ainda o amasse,seu ressentimento era maior que sua falta de amor agora por ele.Sua vida e seus amores mal sucedidos.Literamente falando,pois,nenhum chegou as vias de "suceder" de fato.Ela nunca soube o que era ser amada,não por quem ela queria.Isso magoa demais,não há dor de amor pior que esta,não há mal na vida pior que este.Quantas vezes ela não consolou amigas,que bem ou mal,despedaçadas ou feridas,viveram pelo menos,uma ilusão a dois.Quantas vezes ela não sonhou com coisas fúteis e telefones bobos,quantas vezes ela não quis morrer de amor.
Parou para pensar ainda com o revólver na mão,se não foi isso o que a deixou tão desiludida com a vida em si.Não ela não admitiria nem as paredes algo tão estúpido assim.
Resolveu que o final seria adiado,sem data definida para acontecer.
Ah,e resolveu mudar de psiquiatra.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Auto retrato introvertido(mais ou menos eu)


Sou de virgem
faço moda
faço música
faço arte
sou teimosa
paranóica
inteligente
não sou alta
nem sou tão magra
não sou também muito bonita
Auto didata
aprendi quase tudo sozinha
amarrar sapatos
ler
nadar
andar de patins e bicicleta
venci meus medos calada
gemidos sofridos fechados
na garganta o gosto do sal
faço piada,caras e bocas
dizem que sou engraçada
não consigo ficar de boca fechada
Minha mãe é espanhola
tenho raízes francesas,italianas,portuguesas
ah,e até judia!
Sou caçula só de mãe
sou do meio e única filha do meu pai
Sou irmã de dois
um de pai e mãe e um só de pai
Sou prima de vários,
mas irmã de dois(de novo)
Vivos,só os paternos avós
A minha vó é mineira,paulistana de criação
Meu vô é paulista e paulistano como nenhum
Meu pai é paulistano e meus irmãos ,primos
e eu também,da gema,do centro
mas guarulhense de coração
Sou estranha e normal
posso ser o que quiser,
tímida,extrovertida,crítica e engraçada
simpática e até muito legal e fashion,
só que depende de quem vê
Mas pensando bem eu sou isso tudo
e mesmo sabendo muito,
sei pouco
Porque eu nem ao menos comecei.