"A vida em um breve comentário"

"Pare e pense."

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Poço das incertezas

Qualquer dia me tomo de assalto e acabo logo com isso!
Esse monólogo interminável já está dando no saco,eu não sou assim
Eu decido rápido,a vida anda,o tempo passa e os orgãos logo começaram lentamente a falhar.
Não fui eu quem escolhi isso,detesto ser tão profunda assim.Quando começo,os devaneios logo tomam conta de mim.Que saco,tem vezes que não suporto viver em mim.
E não há gole de cerveja,nem tragada de cigarro,nem a cachaça do melhor alambique,nem soltar da minha garganta o poluído escarro.Nada disso.Simples assim,loucura.Daquelas que se vê em filmes cults,daquelas em que a morte se torna o paraíso.
Não,nem sei se vou para o paraíso,nem sei ao menos se o mereço.Só queria tomar aquele vidro inteiro de calmantes em cima da copa da cozinha pra ver se eu paro de ver qualquer coisa que seja,para ver se eu paro de vez com tudo isso.Não,eu não gosto também disso.Não sou do tipo que se mata,melodramático demais.Bem melhor que tudo,mas,acho que devo tentar mais.
Não sei se sou do tipo que se cansa fácil.Ultimamente eu não ando sabendo nem mais o que sentir.
Tô reprimindo o irreprimível,tentando o impossível,para ver se ao menos assim eu levo um crédito e consigo ser feliz.
Sim,eu acho que por cima eu estou bem.Começou a chover e sinto uma paz quando chove.Não sei porque.É o tipo de coisa que está além dos tantos aquens da vida,sabe,ah,talvez nem você possa me entender.
Tentando viver todo dia o mirandum.Vê se algo me encanta,me apaixona,algo real,por favor!
Cansei de gente infeliz tentando passar seu tempo através de mim.
Idiota.Sempre quis dizer isso na cara.Nunca se deu conta do quão troucha é.
Quanto mais velha eu fico mais descrente eu fico também,o que vem depois dos vinte?
Tomara que seja mais do que esse vintém.Eu fico louca com tudo isso.
Eu cavo o poço interminável dos dias dos anos da vida que levo,sem me deixar atrapalhar,acho que nunca fiz nada mais inteiro.Acho que nunca fui mais capaz.Alienada.Livro na mão e Ramones nos ouvidos,oh,Deus!Eu quero ser sedada!
Ah,droga qual era essa estação que passou?Ah,dane-se,qualquer coisa eu pego aquele ônibus que eu nunca experimentei.
Se um dia eu pensei que eu não pertencesse à aqui,hoje eu tenho certeza.

3 comentários:

Dyane Priscila disse...

Você não é daqui, você é de Vênus.
No final das contas, só consigo ter uma palavra para descrever tudo que li, és amor, daqueles loucos, que buscam explicações, que querem ser vividos intensamente, com a grandeza do único, singular e legítimo, você quer a vida, mais do que tudo, mas não quer uma vida, mesquinha com suas mazelas deslumbrantemente imundas. Você quer a vida como só a vida pode ser singular e sua.
Calma, que esta vida está sendo construída e só você não vê!
Constrói-se vida todo dia, e a sua está sendo edificada, seu olhar, suas lágrimas e sorrisos, a vida não é mair que o infinito e vida é o infinito que vive dentro de vocês, este do qual você se cansa, mas que a faz rodopiar querendo mais, apenas pense: O infinito é pouco para você, viva assim, sendo exatamente assim, e no final do percurso, terá a grande recompensa, do cansaço daqueles que viveram loucamente, para cada um existe uma louca vida diferente.

Isso tudo é apenas amor, por viver.

Te amo!
Amei o texto, desabafo sincero, mas escrito do jeito que a Day gosta de ler, com talento!

Bruno Moreno disse...

pensou no suicídio e logo desisitiu por perceber o queão absurdo era tal idéia!

um beijo

meus instantes e momentos disse...

Fortissimo texto. Onde vc se exige muito.
Gostei daqui, gostei do teu blog, do teu post, gostei de ti.
maurizio