
Tenho sede
Não de águas que brotam em fontes ou em minas
minha boca seca,
por tudo que eu ainda não sei
Os lugares que não conheci
e as músicas que insanamente ainda não cantei
As responsabilidades pelas quais ainda não reclamei
Pelos desfiles que não assisti
Pelos ensaios que ainda não estilizei
Pelas caminhadas diárias pela avenue
Raymond Poincaré,6
Pela pérola alva da minha vida,
Minha filha que ainda nem conheci
que nem ao menos a gerei
Por toda forma de amor,por todas madrugadas
loucas gargalhadas,palavras malucas ou acertadas que ainda não proferi
Olho pras flores amarelas em meu lavabo
a sonhar mais do que já vi, em minhas quase duas dezenas de vida
Tenho sede de amigos,de pessoas,de carinhos,de choros emocionados
Tenho sede de mais,muito mais que que essas flores amarelas que estão aqui
Um comentário:
Flores amarelas...
...e a sede, de viver!
Sem palavras!
A tempos não passava por aqui, por você simplesmente não postar!
Amei muito!
Beijão!
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